BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Eucalyptus delegatensis R.T.Baker
Nome comum
eucalipto
Tipo de origem
Origem

Sul da Austrália

Habitat

Ocorre frequentemente nas montanhas frias e altas do Sul australiano.

Autor
R.T.Baker

Descrição

É uma árvore de alto fuste, que atinge normalmente 56 a 70 m de altura, direita com casca persistente e fibrosa na parte inferior do tronco, destacando-se em tiras na restante parte do tronco. As folhas juvenis são alternas, pecioladas, glaucas, ovadas a lanceoladas, oblíquas, espessas, de 5-10 x 3-7 cm. As folhas adultas são pecioladas, de igual cor verde escura nas duas faces, lanceoladas-estreitas a lanceoladas-largas, oblíquas, de 8-7 x 2-5 cm com nervação longitudinal. Inflorescências em umbelas axilares de 7 a 5 flores, em pedúnculos sub-cilíndricos, robustos, de 10 a 18 mm; botões pedicelados de 7-8 mm de diâmetro, com opérculo hemisférico apiculado a cónico-obtuso. Os frutos são cápsulas em pedicelos curtos, piriformes a turbinados, de 10-12 x 9-10 mm; disco fino aplanado ou afundado e valvas inclusas.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
perenifólia
Ínicio de Floração
Outubro
Fim de Floração
Janeiro
Inflorescência
Tipo de Folha
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
inteira
Limbo da Folha
Tipo de Fruto
Maturação do Fruto
Agosto
Observações

O Eucalyptus delegatensis, é uma espécie muito resistente ao frio e de rápido crescimento. Em vários países da Europa tem sido ensaiada em parcelas experimentais, caso da França (Afocel), da Espanha e da Itália, com resultados muito positivos.

Em Portugal, até há bem pouco tempo, apenas existiam alguns exemplares no arboreto da Mata do Escaroupim, que tiveram um espectacular desenvolvimento, secando-se depois grande parte deles nos últimos anos, devido em grande parte às secas prolongadas, e também por esta espécie estar ecologicamente deslocada (num clima sub-mediterrâneo com chuvas anuais de 600 mm). Somente a partir de 1978, esta espécie mereceu maior atenção, tendo a Portucel efectuado nas regiões montanhosas do Norte e Centro do país, em altitudes de 500 a 1000 m, vários ensaios. Assim como plantações, de sementes oriundas de boas proveniências da Tasmânia.

Aplicações

Apesar desta espécie não rebentar bem de toiça, não deixa de ter interesse para a produção de madeiras em alto fuste, para serração e desenrolamento, e também para compartimentação de resinosas contra os fogos. A madeira é castanha-clara, dura com os anéis de crescimento bem marcados, devido à clara porosidade circular que se observa no lenho nas suas secções transversais. É fácil de trabalhar, sendo impregnável por substâncias solúveis na água. É muito utilizada na Austrália para pasta de papel, sendo também usada em construção, marcenaria, caixotaria, contraplacados, remos, esquis e outros instrumentos de desporto, ferramentas agrícolas, construção de barcos, etc. As folhas contêm cerca de 2% de óleos essenciais, de felandreno.

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