Austrália (Queensland).
Espécie nativa de florestas tropicais do norte da Austrália, presente a altitudes relativamente baixas e com elevada humidade atmosférica.
A araucária-de-queensland é geralmente dióica, de folhagem persistente, e que pode atingir 50 m de altura. Possui uma copa densamente ramificada, geralmente de forma piramidal nos exemplares jovens, adquirindo uma copa elíptica a cónica nos exemplares adultos. Possui um tronco com casca castanha-acinzentada escura, grossa e rugosa, às vezes escamosa, libertando resina quando danificada. Apresenta ramos compridos, dispostos praticamente no mesmo plano, com os ramos inferiores a pender sob a copa densa e, na parte superior do tronco, os ramos secundários são mais curtos e densos.
As folhas são simples, sésseis, lanceoladas-ovadas, pontiagudas, grossas, de cor verde brilhante, com 3 a 5 cm de comprimento. São amplamente espaçadas e distribuídas em ambos os lados dos rebentos vegetativos, mais curtas e mais intimamente organizados nos rebentos férteis.
Os cones masculinos, de até 20 cm de comprimento, são cilíndricos, surgindo solitários ou em grupo, dispostos na borda da parte superior da copa e os cones femininos (pinhas) apresentam uma forma esférico-ovoide e são de grandes dimensões, até 30 cm de comprimento, com escamas ovulíferas aladas, de ponta curta, aguda e rígida.
As sementes, de cor branca-amarelada, até 6.5 cm de comprimento, possuem forma de pera, são estreitamente aladas. A maturação dos frutos ocorre no outono do ano seguinte à floração.
Na antiguidade, a araucária-de-queenslândia era considerada uma espécie sagrada para os povos nativos, estando a sua presença associada a cerimónias tribais. Cada família indígena elegia o seu grupo de araucárias e estas eram transmitidas de geração em geração. As sementes contidas nas pinhas gigantes também serviam como uma importante fonte de alimento para estes povos indígenas, sendo os seus pinhões comidos crus, cozidos ou transformados em farinha. É comumente apelidada como a árvore das pinhas gigantes. A origem do restritivo específico – “bidwillii” – é uma homenagem ao botânico inglês John Carne Bidwillii (1815-1853).
Esta espécie é utilizada para diversas finalidades, desde a marcenaria e construção, nomeadamente, no fabrico de pavimentos, até ao seu cultivo como árvore ornamental, embelezando parques e jardins.