Originária do Japão
A cameleira é um arbusto ou árvore sempreverde, podendo alcançar uma altura até 15 m, com copa arredondada, muito ramosa e tronco liso, sem espinhos, castanho ou verde-escuro. Apresenta folhas simples, alternas, ovadas ou elípticas, com 4 a 10 cm de comprimento, ápice agudo, de margem finamente serrada, muito coriáceas e curtamente pecíoladas. Flores hermafroditas, solitárias ou aos pares, dispostas na parte terminal dos ramos, com dimensões muito variáveis, dependendo das variedades, entre 3 a 12 cm de diâmetro. Possuem grande variabilidade na estrutura floral, apresentando um cálice caduco, formado por 5 ou 6 sépalas imbricadas e algumas brácteas, corola com 5 ou 6, numerosas pétalas, de forma ovada ou arredondada, com uma quase infinidade de cores e matizes, que podem ir do branco ao roxo, passando por muitos tons de rosa. Os estames são em número variável, mais ou menos unidos na base. O fruto é uma cápsula globosa, de 4 a 5 cm de diâmetro, que se abre por 3 a 5 valvas, com sementes grandes e arredondadas.
Os primeiros registos desta variedade de camélia, 'Bokuhan', originária do Japão, datam de 1719.
A C. japonica 'Bokuhan’ apresenta folhas de cor verde, longas, de formato ovado, com as margens finamente serrilhadas. É facilmente distinguível de outras camélias, pois exibe pequenas flores, com cerca de 6 cm de diâmetro, formadas por uma ou mais camadas de grandes pétalas vermelhas exteriormente e, na parte central, por um conjunto compacto de petálas mais pequenas, de cor branca.
Para além da sua presença no Parque de Serralves, esta variedade pode também ser avistada no Jardim Terra Nostra, em São Miguel (Açores).
Muito usada como ornamental, sendo fácil encontrá-la em muitos jardins privados e parques públicos. Das sementes extraí-se um óleo (tsubaki), utilizado no Japão, como amaciador ou também usado em massagens para a pele.