Originária dos Estados Unidos da América
A cameleira é um arbusto ou árvore sempreverde, podendo alcançar uma altura até 15 m, com copa arredondada, muito ramosa e tronco liso, sem espinhos, castanho ou verde-escuro. Apresenta folhas simples, alternas, ovadas ou elípticas, com 4 a 10 cm de comprimento, ápice agudo, de margem finamente serrada, muito coriáceas e curtamente pecíoladas. Flores hermafroditas, solitárias ou aos pares, dispostas na parte terminal dos ramos, com dimensões muito variáveis, dependendo das variedades, entre 3 a 12 cm de diâmetro. Possuem grande variabilidade na estrutura floral, apresentando um cálice caduco, formado por 5 ou 6 sépalas imbricadas e algumas brácteas, corola com 5 ou 6, numerosas pétalas, de forma ovada ou arredondada, com uma quase infinidade de cores e matizes, que podem ir do branco ao roxo, passando por muitos tons de rosa. Os estames são em número variável, mais ou menos unidos na base. O fruto é uma cápsula globosa, de 4 a 5 cm de diâmetro, que se abre por 3 a 5 valvas, com sementes grandes e arredondadas.
A variedade cultivada C.japonica ‘Bob’s Tinsie’, originária dos EUA, foi documentada pela primeira vez em 1962.
Caracteriza-se por apresentar flores de pequenas dimensões, não ultrapassando 6 cm de diâmetro, de cor vermelha brilhante, com uma ou mais camadas de pétalas exteriores de grandes dimensões e um conjunto denso de pétalas tingidas de branco, muito pequenas, na zona central, marcadamente visíveis.
Para além da sua presença no Parque de Serralves, esta variedade também pode ser avistada no Jardim Terra Nostra, em São Miguel (Açores).
O género Camellia L. é dedicado à memória de Georg Joseph Kámel (1661â1706), um jesuíta da Moravia, botânico e zoólogo, que viajou pela Ásia no século XVII e trouxe para a Europa a camélia.
Muito usada como ornamental, sendo fácil encontrá-la em muitos jardins privados e parques públicos. Das sementes extraí-se um óleo (tsubaki), utilizado no Japão, como amaciador ou também usado em massagens para a pele.