Grande parte Europa, de Espanha até Cáucaso e oeste da Ásia (Irão e Turquia)
Ocorre naturalmente por toda a Europa, sobretudo Norte e Centro e em algumas zonas do Sudeste Europeu, ocorrendo desde o nível do mar até 1700 m, em particular, nas zonas mais elevadas de bosques de folhosas.
A espécie Fagus sylvatica 'Albomarginata', também conhecida como F. sylvatica 'Albovariegata' é uma cultivar pouco comum que difere da espécie-tipo pela aparência das suas folhas.
Apresenta porte arbóreo, geralmente de crescimento lento, podendo atingir 30 metros de altura. O tronco é ereto, sendo revestido por uma casca lisa e macia de cor acinzentada. Possui numerosos ramos com uma densa folhagem.
As folhas, medem entre 4 a 8 cm de comprimento, sendo irregularmente variegadas, principal característica desta cultivar, de cor verde e margens onduladas de cor branca a amarelada. São simples, dispondo-se alternadamente nos caules, de formato ovado, ápice agudo e com as nervuras laterais bem marcadas.
As flores masculinas têm um número variável de estames (8 a 16) e um invólucro sepaloide de 4 a 7 peças, dispostas em inflorescência globosa. As inflorescências femininas nascem na mesma planta, agrupadas no interior de um invólucro dividido em 4 partes.
O fruto é constituído por 2, às vezes 1 a 3, nozes lustrosas, de secção triangular, com os ângulos bem marcados, encerrados numa cúpula eriçada de picos frouxos, que se abre por 4 valvas para libertar os frutos, denominados aquénios.
A faia, é uma espécie com extensa área natural, abrangendo o Norte de Espanha, França, Sul de Inglaterra e Sul dos países Escandinavos, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Polónia, Itália e Países Balcânicos. Em Portugal é uma espécie exótica, que tem sido plantada pelos Serviços Florestais, principalmente na Serra da Estrela, no perímetro florestal de Manteigas, e nalgumas serras do Norte. Também se cultiva como espécie ornamental em vários parques e jardins, nomeadamente no Parque da Pena em Sintra e Mata do Buçaco e em Serralves, onde existem belos exemplares notáveis, de destacar as cultivares de folhas vermelho-escuras, Fagus sylvatica cv. Atropurpurea, a de folhas recortadas, Fagus sylvatica cv. Asplenifolia e a de ramos pendentes, Fagus sylvatica cv. Pendula.
O nome científico da faia, Fagus, conserva a denominação latina que, por sua vez, deriva do grego fagos ou phagos, que significa comilão, alusivo aos frutos (aquénios), que são muito nutritivos, contêm 43% de azeite, mas prejudicam o fígado. A sombra refrescante foi contada pelos poetas, escreveu Virgílio. Porém esta sombra é fatal para a vegetação herbácea.
Dos aquénios, extrai-se na Europa setentrional, azeite para usos culinários, de sabor semelhante ao das avelãs. A pasta que fica depois de se extrair o azeite pode ser tóxica para alguns animais (porco). Por destilação seca da madeira obtém-se o breu de faia, outrora utilizado para combater a tuberculose. As tão célebres propriedades febrífugas da casca de faia parecem ser mero produto da imaginação popular. A madeira da faia é branca ou castanha clara, por vezes com tons rosados, é dura, de textura fina e uniforme, fácil de trabalhar; torneia-se bem e pode ser curvada ao vapor, sendo pouco resistente às mudanças de humidade. É muito utilizada na carpintaria a para elementos torneados; utiliza-se também para pasta de papel e como combustível, pois tem uma grande capacidade calorífica.