Híbrido resultante do cruzamento entre Salix alba L. e Salix euxina I.V.Belyaeva. Nativa da Europa e Sudoeste asiático. Naturalizado na América. Espontâneo em todas as províncias espanholas.
Ocorre frequentemente em zonas húmidas, alagadas e nas proximidades de cursos de água. Habita até aos 1900 metros de altitude.
A espécie híbrida Salix × rubens, vulgarmente conhecido como salgueiro, é uma árvore caducifólia que pode atingir 8 a 20 metros de altura. Possui um tronco direito, que pode crescer até 1 m de diâmetro, revestido por uma casca de cor castanha ou acinzentada, que exibe fissuras nos exemplares adultos. Tem uma copa irregular, múltiplos troncos, com os ramos geralmente desprovidos de pelos, eretos ou caídos, exibindo uma cor que varia entre os tons alaranjado, esverdeado ou castanho-avermelhado.
As folhas, até 16 cm de comprimento e até 3 cm de largura, são de formato lanceolado ou ovado-lanceolado, de base arredondada, de cor verde lustroso, glabras na face superior e glaucas e glabrescentes na página inferior da folha, com um toque sedoso. O ápice é agudo e assimétrico. As margens são finamente serrilhadas ou, por vezes, irregularmente dentadas. De notar que as folhas costumam ser finamente peludas no início da primavera, tornando-se rapidamente desprovidas de pelos.
As inflorescências são amentilhos densos e com um longo pedúnculo. Os amentilhos femininos geralmente são pendentes e ligeiramente mais compridos, até 8 cm de comprimento, enquanto os amentilhos masculinos geralmente crescem até 6 cm de comprimento. É uma árvore dióica, o que significa que produz amentilhos masculinos e femininos em indivíduos separados.
O fruto é uma pequena cápsula que, após a maturação, liberta numerosas sementes que são facilmente dispersadas pelo vento e pela água.
É cultivada desde a antiguidade devido à facilidade de criar raízes no solo. Assemelha-se à espécie Salix alba L., diferenciando desta pela presença de uma maior ramificação, ramos tendencialmente mais frágeis e quebradiços, folhas mais verdes e largas, desprovidas de pelos, com um longo pecíolo e amentilhos mais grossos.
Existe alguma controvérsia na literatura relativamente à nomenclatura desta espécie, que foi esclarecida por um trabalho realizado por Belyaeva, em 2009. Neste trabalho, o autor esclarece que o Salix fragilis L., vulgarmente conhecido como salgueiro-frágil, não é o verdadeiro salgueiro-frágil e totalmente desprovido de pelos, mas sim uma espécie híbrida resultante do cruzamento entre Salix alba L. com Salix euxina Belyaeva. Esta espécie híbrida deve ser reconhecida como o verdadeiro salgueiro de ramos muito frágeis e glabro, pelo que se deve atribuir a nomenclatura científica Salix x fragilis L., que tem como sinónimo, Salix x rubens Schrank.
A madeira do salgueiro tem valor comercial, sendo utilizada na confeção de produtos, nomeadamente, material ortopédico, devido à sua textura leve, macia e fina, o que a torna fácil de trabalhar, assemelhando-se à madeira do salgueiro-branco (Salix alba L.). Possui propriedades medicinais devido à presença de salicilina, um componente químico que, atualmente, é utilizado na produção de medicamentos, em particular, da aspirina, auxiliando na redução da inflamação, dor e febre. No entanto, a utilização das propriedades presentes na casca do salgueiro remonta a tempos longínquos, estando documentada a sua utilização desde há 5000 anos.