Originária de Portugal
A cameleira é um arbusto ou árvore sempreverde, podendo alcançar uma altura até 15 m, com copa arredondada, muito ramosa e tronco liso, sem espinhos, castanho ou verde-escuro. Apresenta folhas simples, alternas, ovadas ou elípticas, com 4 a 10 cm de comprimento, ápice agudo, de margem finamente serrada, muito coriáceas e curtamente pecioladas. Flores hermafroditas, solitárias ou aos pares, dispostas na parte terminal dos ramos, com dimensões muito variáveis, dependendo das variedades, entre 3 a 12 cm de diâmetro. Possuem grande variabilidade na estrutura floral, apresentando um cálice caduco, formado por 5 ou 6 sépalas imbricadas e algumas brácteas, corola com 5 ou 6, numerosas pétalas, de forma ovada ou arredondada, com uma quase infinidade de cores e matizes, que podem ir do branco ao roxo, passando por muitos tons de rosa. Os estames são em número variável, mais ou menos unidos na base. O fruto é uma cápsula globosa, de 4 a 5 cm de diâmetro, que se abre por 3 a 5 valvas, com sementes grandes e arredondadas.
A C. japonica 'Príncipe da Beira' é uma variedade de camélia de origem portuguesa que exibe umas delicadas flores cor-de-rosa mimosa com o rebordo branco. Resulta de uma derivação com outra camélia, a C. japonica ‘D.Pedro V’.
Príncipe da Beira é, desde 1734, o título conferido ao primogénito do herdeiro presuntivo da Coroa de Portugal. Na altura, seria D. Luís Filipe (1887-1908). Hoje em dia, é usado por Afonso Santa Maria, o filho mais velho do pretendente ao trono português, D.Duarte Pio de Bragança (1945).
Muito usada como ornamental, sendo fácil encontrá-la em muitos jardins privados, parques públicos ou mesmo em arruamentos. Das sementes extraí-se um óleo (tsubaki), utilizado no Japão, como amaciador ou também usado em massagens para a pele.