BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Eucalyptus globulus Labill. subsp. globulus
Nome comum
eucalipto, eucalipto-comum, calipse, calipes, calipto, eucalipto, gomeiro-azul
Familia
subsp.
Tipo de origem
Origem

Oceânia (Região litoral do Sudeste e Sul da Tasmânia).

Habitat

Surge naturalmente na zona litoral do sudeste e sul da Tasmânia, das ilhas Flinders e King, entre a Tasmânia e a Austrália, formando pequenos bosques em altitudes compreendidas entre o nível do mar e os 400 m.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
Labill.

Descrição

O eucalipto é uma árvore de grande porte, que pode chegar aos 40 ou 50 m de altura. O tronco é direito, muito grosso e com tendência a experimentar uma torsão espiral, está coberto por uma casca cinzenta ou pardo-cinzenta, que se desprende em tiras longitudinais, retorcidas, que se mantêm pendentes durante algum tempo na árvore. Nas árvores mais velhas, a casca torna-se persistente na base do tronco. As folhas das árvores jovens e dos rebentos da base, são opostas, sésseis, claras e cerosas. As folhas adultas compridas e estreitas, alternas, lanceoladas, pecioladas, planas e brilhantes, com numerosas glândulas translúcidas. As flores são solitárias, esbranquiçadas, ou agrupadas de uma a três, axilares, subsésseis ou com pedicelos muito curtos, e numerosos estames formando um penacho. A corola é constituída por pétalas aderentes a formarem um opérculo caduco circularmente. O cálice é quadrangular com um opérculo coriáceo que se destaca pela base. O fruto é uma cápsula, dura, verrugosa, com 4 lóculos que contêm as sementes.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
perenifólia
Ínicio de Floração
Maio
Fim de Floração
Outubro
Inflorescência
solitária
Cor da Flor
amarelo
Tipo de Folha
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
inteira
Limbo da Folha
Tipo de Fruto
Consistência do Fruto
seco
Maturação do Fruto
Outubro
Observações

O Eucalyptus globulus foi encontrado na Tasmânia em 1799 por Labillardiére, tendo sido classificada por este botânico. A área natural desta espécie é bastante restrita, pois encontra-se limitada a pequenas manchas da zona litoral do sudeste e sul da Tasmânia, das ilhas Flinders e King, entre a Tasmânia e a Austrália, em altitudes compreendidas entre o nível do mar e 400 m. Foi a primeira espécie de eucalipto que se espalhou pelo Mundo, sendo atualmente a mais cultivada, em virtude do seu rápido crescimento e porte majestoso. Tem sido fomentada principalmente em Portugal, Espanha, Uruguai, Chile, Peru, Bolívia, Brasil, Estados Unidos, entre outros. Em Portugal encontra-se uma das principais áreas de cultivo de Eucalyptus globulus, concentrando-se principalmente ao longo de toda a faixa litoral, numa largura máxima de 65 Km em altitudes inferiores a 500 m. Contudo, a existência de uma maior área de eucaliptal na região centro resulta, como é óbvio, das melhores condições ecológicas a esta cultura; também é de salientar, que é nesta região que se encontra a quase totalidade dos povoamentos mistos de eucaliptal e pinhal, onde o eucaliptal tem vindo a ganhar terreno.

O eucalipto cresce rapidamente e absorve uma grande quantidade de água do solo, daí o seu emprego para drenar terrenos pantanosos. No entanto esta bela árvore cobra um tributo nos terrenos onde se planta: acidifica o solo e impede ou limita o crescimento de outras plantas à sua volta, tendo um impacte ecológico devastador, monopolizando a água, reduzindo a qualidade do solo e diminuindo a biodiversidade do ecossistema florestal.

Aplicações

As folhas do eucalipto têm propriedades balsâmicas e anti-sépticas devido ao seu óleo essencial cujo principal componente é o cineol ou eucaliptol. A espécie utilizada na medicina e considerada por ela como oficial é o E. globulus. É utilizada contra as bronquites e catarro em forma de infusão ou inalação. O óleo de eucalipto obtém-se das folhas, sendo um apreciado anti-séptico utilizado na medicina e na perfumaria. Portugal é um dos maiores produtores de óleo de eucalipto do Mundo, grande parte exportada para os Estados Unidos, França, Alemanha e Holanda.

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