Este da Europa e oeste da Ásia.
Cultivado e ocasionalmente silvestre na orla de florestas mistas.
A pereira é uma árvore de tamanho médio, até 20 m de altura, inerme ou espinhosa; renovos grossos, castanho-avermelhados. As folhas são caducas, com 5 a 8 por 3,5 a 5,5 cm, ovadas ou elípticas, mais ou menos cuspidadas, crenulado-serrilhadas a subinteiras, com pecíolo igual ou menor ao limbo, tomentosas na rebentação. As flores estão dispostas em fascículos (corimbos umbeliformes) na terminação dos ramos. As sépalas são lanceolado-acuminadas; as pétalas obovadas, branco-rosadas. O fruto é um pomo (pera), apresentando forma muito variada: piriforme, globosa, etc., estando coroado pelo cálice persistente; a sua polpa tem sabor doce e agradável.
Cultivada na Grécia antiga, citada na Odisseia, a pereira já estava representada nos pomares latinos do séc. I, em cerca de 40 variedades. Atualmente, se bem que tenham sido inventariadas cerca de 1000 variedades de pêras, apenas algumas são cultivadas à escala industrial.
O fruto é perfeitamente digerível quando maduro. Para estômagos susceptíveis é, no entanto, preferível cozê-lo. A pera é rica em açúcares e bastante pobre em vitaminas, mas importante devido aos ácidos orgânicos, aos minerais e à pectina. Um pouco adstringente devido ao tanino, é no entanto o sabor refrescante a mais apreciável das suas qualidades.
Com o sumo de pera prepara-se, em alguns locais, por fermentação, uma espécie de sidra. A madeira de pereira é mais sólida do que as pereiras-silvestres, possui uma cor rosada ou avermelhada, de textura fina e uniforme, dando bons acabamentos, sendo utilizada sobretudo, no fabrico de objectos de torno e para gravar ou esculpir.