BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Fagus sylvatica L.
Nome comum
faia, faia europeia
Tipo de origem
Origem

Grande parte Europa, de Espanha até Cáucaso e oeste da Ásia (Irão e Turquia).

Habitat

Ocorre naturalmente por toda a Europa, sobretudo Norte e Centro e nalgumas zonas do Sudeste Europeu, ocorrendo desde o nível do mar até 1700 m em particular nas zonas mais elevadas de bosques de folhosas.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
L.

Descrição

A faia é uma árvore robusta, geralmente muito ramificada quando adulta, de copa ovada ou arredondada, caducifólia, que pode medir até 30 m de altura. Tronco direito, com casca lisa, de cor cinzenta. Numerosos ramos horizontais ou ascendentes e folhagem densa que fornece abundante sombra. As folhas são ovadas ou elípticas, com nervuras laterais bem marcadas e quase paralelas, pecioladas, no início de cor verde-claro, depois escuras e algo lustrosas na maturação, com 4 a 9 cm de comprimento; margem ondulada, com abundantes pelos sedosos muito característicos, nas folhas jovens; as estípulas são estreitas, roxas e caducas. As flores masculinas têm um número variável de estames (8 a 16) e um invólucro sepaloide de 4 a 7 peças, dispostas em inflorescência globosas. As inflorescências femininas nascem na mesma planta, agrupadas no interior de um invólucro dividido em 4 partes. O fruto é constituído por 2, às vezes 1 a 3, nozes lustrosas, de secção triangular, com os ângulos bem marcados, encerrados numa cúpula eriçada de picos frouxos, que se abre por 4 valvas para libertar os frutos (aquénios).

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
caducifólia
Ínicio de Floração
Abril
Fim de Floração
Junho
Inflorescência
Cor da Flor
amarelo
Tipo de Folha
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
ondulada
Limbo da Folha
Tipo de Fruto
Consistência do Fruto
seco
Maturação do Fruto
Setembro
Observações

A faia, é uma espécie com extensa área natural, abrangendo o Norte de Espanha, França, Sul de Inglaterra e Sul dos países Escandinavos, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Polónia, Itália e Países Balcânicos. Em Portugal é uma espécie exótica, que tem sido plantada pelos Serviços Florestais, principalmente na Serra da Estrela, no perímetro florestal de Manteigas, e nalgumas serras do Norte. Também se cultiva como espécie ornamental em vários parques e jardins, nomeadamente no Parque da Pena em Sintra e Mata do Buçaco e em Serralves, onde existem belos exemplares notáveis, de destacar as cultivares de folhas vermelho-escuras, Fagus sylvatica cv. Atropurpurea, a de folhas recortadas, Fagus sylvatica cv. Asplenifolia e a de ramos pendentes, Fagus sylvatica cv. Pendula.

O nome científico da faia, Fagus, conserva a denominação latina que, por sua vez, deriva do grego fagos ou phagos, que significa comilão, alusivo aos frutos (aquénios), que são muito nutritivos, contêm 43% de azeite, mas prejudicam o fígado. A sombra refrescante foi contada pelos poetas, escreveu Virgílio. Porém esta sombra é fatal para a vegetação herbácea.

Aplicações

Dos aquénios, extrai-se na Europa setentrional, azeite para usos culinários, de sabor semelhante ao das avelãs. A pasta que fica depois de se extrair o azeite pode ser tóxica para alguns animais (porco). Por destilação seca da madeira obtém-se o breu de faia, outrora utilizado para combater a tuberculose. As tão célebres propriedades febrífugas da casca de faia parecem ser mero produto da imaginação popular. A madeira da faia é branca ou castanha clara, por vezes com tons rosados, é dura, de textura fina e uniforme, fácil de trabalhar; torneia-se bem e pode ser curvada ao vapor, sendo pouco resistente às mudanças de humidade. É muito utilizada na carpintaria a para elementos torneados; utiliza-se também para pasta de papel e como combustível, pois tem uma grande capacidade calorífica. 

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