Europa central e meridional.
Sub-bosque de carvalhais pouco densos, por vezes em locais rochosos.
O laburno-dos-alpes é um arbusto ou pequena árvore inerme, de folhas caducas, de 3 a 7 m de altura, com caules jovens cinzentos, cobertos de pelos sedosos. As folhas são alternas, trifoliadas, com pecíolo comprido (até 7 cm), articulados na base. Folíolos elípticos, as vezes quase oblongos, glabros na página superior, sendo de um verde mais claro na página inferior e com pelos aplicados e sedosos. Flores numerosas, reunidas em compridos cachos laterais, axilares, pendentes e bastante frouxos. Corola papilionácea, amarela, por vezes com manchas escuras, com o estandarte inteiro ou dividido no ápice, glabro, do mesmo tamanho que as asas e mais comprido que a quilha, esta última com pico agudo e algo curvo; possuem 10 estames, desiguais, soldados pelos seus filamentos até mais ou menos ao meio (monodelfos). O fruto é uma vagem comprimida que se eleva no fundo do cálice por um pedúnculo, com a parte dorsal muito espessa, algo contraída entre as sementes, esbranquiçada, geralmente tomentosa quando jovem, terminando por ficar glabra. Sementes 2-7 por vagem, comprimidas, castanhas escuras, brilhantes, lisas, sem apêndices.
nome anagyroides, terá sido atribuído pelas suas semelhanças ao Anagyris foetida, especialmente a forma dos seus frutos. As flores produzem néctar, facto que a diferencia dos vários géneros próximos.
Todas as partes da planta, mas sobretudo as flores e os frutos, são altamente tóxicas, pela presença de um alcolóide citisina, veneno ganglionar (repressor respiratório), que provoca convulsões e morte por asfixia (15-20 sementes podem matar um adulto).
Em Espanha e em Portugal tem-se mencionado como subespontâneo ou fugido de cultura. É uma planta muito apreciada como ornamental, pelos seus cachos de flores amarelas, muito duradouras. A madeira é bastante dura, tendo sido usada como substituto do ébano, para construir instrumentos musicais.