O jacarandá é uma árvore caducifólia, de porte médio, que pode alcançar 10 m de altura no seu habitat natural, sendo de menor estatura quando cultivada. Tronco pequeno, muitas vezes curvado, com casca gretada, escura. Folhas compostas, bipinuladas, até 50 cm de comprimento, com aproximadamente 16 pares de pinas, cada uma das quais sustenta 25 a 30 pares de folíolos pequenos, ovais a elípticos, apiculados, de cor verde-amarelado, com um aspecto leve e plumoso. As flores reúnem-se em panículas piramidais, aparecem antes das folhas, são formadas por mais de 50 flores, com cálice pequeno e corola tubulosa, dilatada e curvada, com o limbo bilabiado, com 3 lóbulos maiores e 2 ligeiramente mais pequenos, de cor azul-violácea. O fruto é uma cápsula elipsoide, lenhosa e deiscente, muito comprimida lateralmente, em forma de ‘castanholas’, de cor castanha, contém numerosas sementes pequenas, achatadas e aladas. O fruto permanece bastante tempo na árvore.

Dentro deste género, Jacaranda, existem cerca de cinquenta espécies, estendendo-se desde o Sul do México até à Argentina; todas são muito semelhantes entre si e os sinónimos podem, por esta razão, empregar-se erroneamente.

O Jacarandá (Jacaranda mimosifolia), cultiva-se a partir de sementes ou é propagado a partir de incisões na madeira. Mesmo os maiores espécimes, profundamente podados, suportam o transplante. Constitui uma excelente árvore solitária e de rua. Por vezes é considerada um entrave à limpeza dos passeios, porque continuamente deixa cair folhas e flores para o solo. No entanto, muitos a descrevem com grande beleza e entusiasmo.

É originária das regiões secas da América do Sul (Argentina e Bolívia) e é cultivada na maioria dos países com clima adequado. Torna-se muito vistoso na floração, que acontece a partir de Abril, sendo por isso muito usada como ornamental.