É semelhante ao Ligustrum vulgare, diferindo deste por possuir rebentos glabros, folhas mais arredondadas e geralmente persistentes, panículas glabras e tubo da corola com 2-3 vezes o tamanho do limbo. É um arbusto de 1-3 m, que raras vezes alcança os 5 me apenas perde as folhas em invernos mais rigorosos. Folhas elíptico-ovadas ou oblongas, acuneadas na base, verde-escuras na página superior e amarelo-esverdeadas na inferior, curtamente pediceladas. Flores hermafroditas, pequenas, em panículas terminais, cálice campanulado, 4-lobado. Corola assalveada, claramente mais larga que os lóbulos, branca. As flores possuem um odor algo desagradável. O fruto é uma drupa anegrada.
Encontra-se por vezes aclimatizado. O nome genérico, Ligustrum, era já utilizado pelos Romanos e foi mantido por Lineu; segundo alguns autores deriva do vocábulo latino ligare, que significa atar, por os seus ramos terem sido utilizados com este fim.
É muito utilizada para formar sebes, aguentando muito bem as podas. São várias as aplicações dos ligustros. A madeira de alguns, por exemplo, do Ligustrum vulgare, é dura e elástica, pelo que se fabrica com ela pequenos objectos torneados; com os seus ramos confeccionavam-se cestos, de forma análoga ao vime, já que se assemelham a este, na flexibilidade. As folhas são de paladar amargo e têm-se usado como medicinais pelas suas propriedades adstringentes (contraem os tecidos, os capilares, os orifícios e tendem a diminuir as secreções das mucosas) e na prisão de ventre; também se atribuem propriedades adstringentes às flores e frutos, juntamente com as propriedades refrigerantes, embora alguns autores, não aconselhem o seu uso interno. As suas folhas dissecadas e reduzidas a um pó fino, constituem a alfena, utilizada como corante. Por isso o Ligustrum é também conhecido por alfenheiro. Também os frutos fornecem uma matéria corante negra, avermelhada, que de acordo com alguns autores, ter-se-á utilizado para dar mais cor aos vinhos.