BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Juglans regia L.
Nome comum
nogueira, nogueira-comum, nogueira-europeia
Tipo de origem
Origem

Grécia e região Balcânica, naturalizada a sul e oeste da Europa e norte de Portugal.

Habitat

Zonas ribeirinhas.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
L.

Descrição

A nogueira é uma árvore caducifólia que pode atingir os 30 m de altura, com uma copa ampla, arredondada e frouxa. Ritidoma cinzento-esbranquiçado, liso, fendido nos troncos velhos. Ramos grossos, com medula escamiforme e cicatrizes foliares numerosas, proeminentes e cordiformes; ramos jovens de cor esverdeada ou acinzentada, glabros. Gomos sésseis, com 2 a 4 catafilos. Folhas alternas, imparipinulados e estipuladas, com 5 a 9 folíolos sésseis ou subsésseis, assimétricos na base; folíolos de 6 a 15 cm de comprimento por 3 a 9 cm de largura, obovados ou elípticos, glabrescentes. As flores masculinas encontram-se dispostas em amentilhos pendentes e axilares nos ramos do ano anterior, cada uma formada por uma corola com 5 a 6 pétalas, soldadas a uma bráctea, com 10 a 20 estames. Flores femininas dispostas em amentilhos axilares de ramos formados no mesmo ano, ocorrem em número reduzido, 1 a 5 flores por inflorescência, formadas por um ovário ínfero peludo, coroado por um cálice lobado, apétalas, com dois estigmas divergentes e arqueados, com irregularidades que facilitam a captação do pólen. Trima (fruto drupáceo) com 4 a 5 cm, subglobosa, com epicarpo liso, glabro, de cor verde, recoberto por pequenas glândulas esbranquiçadas; posteriormente o epicarpo seca e adquire a cor negra. Após desintegração do epicarpo e mesocarpo e desidratação do pericarpo forma-se a noz, fruto típico da nogueira. A noz tem uma forma ovóide, aguda e rugosa, constituída por duas valvas lenhosas (pericarpo), de superfícies rugosa, dividida internamente por 2 a 4 tabiques falsos e abrindo-se facilmente pela zona das suturas. No interior da noz encontramos uma única semente dividida em 4 lóbulos, recoberta por circunvalações de forma cerebróide. O embrião desprovido de albúmen é carnoso e oleaginoso possuindo dois cotilédones proeminentes.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
caducifólia
Ínicio de Floração
Abril
Fim de Floração
Junho
Inflorescência
Cor da Flor
verde
Tipo de Folha
composta
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
inteira
Limbo da Folha
imparipinulado
Tipo de Fruto
trima
Consistência do Fruto
Maturação do Fruto
Setembro
Observações

Nos últimos anos é incentivado o cultivo desta árvore na reflorestação de diversas zonas, não só para obtenção de maiores áreas florestais, mas também para produção de frutos e extracção da madeira. Em Portugal a sua cultura, apesar de difundida por todo o país, constitui apenas pequenos núcleos ou árvores isoladas sendo a área total ocupada pela espécie insignificante para produção. Esta árvore adquire importância económica noutros países, nomeadamente França, Itália e Turquia.

Aplicações

A madeira da nogueira é de elevada qualidade, dura e homogénea, de cor pardo-acinzentada com veias escuras. É muito apreciada em marcenaria dada a facilidade para a trabalhar e polir resultando em produtos finais de grande qualidade decorativa, observando-se uma elevada procura principalmente para mobiliário de categoria e contraplacados. As folhas da nogueira apresentam propriedades hipoglicémicas; na forma de infusão são indicadas para diabéticos, uma vez que diminuem a quantidade de açúcar no sangue. As folhas, a casca e o invólucro verde do fruto possuem propriedades adstringentes (devido ao seu conteúdo em taninos) e anti-sépticas, (pela presença de um principio activo denominado juglona). São ainda utilizados em tinturaria para tingir de castanho-escuro.

O óleo extraído das nozes apresenta aplicações industriais na preparação de tintas, sabões e vernizes. A nível medicinal é indicado como excelente vermífugo.

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