A maioria dos autores consideram o Platanus x hispanica Miller ex Münchh como um híbrido de Platanus orientalis L., de Creta e da Península Balcánica, com o Platanus occidentalis L., da zona atlântica dos Estados Unidos. Provavelmente teve origem durante o século XVII em Espanha ou Inglaterra, onde é muito cultivado.
Muito utilizado como árvore de arruamentos, o plátano prefere solos frescos e férteis, não suportando altitudes elevadas (até 1600m), mas resistindo bem à poluição e ambiente urbano.
Platanus x hispanica é uma árvore muito robusta, que chega a atingir 35 a 40 m de altura, de copa muito ampla. Possui tronco direito e grosso, com casca cinzenta amarelada ou amarelo-esverdeada, acastanhada nos ramos envelhecidos, que se desprende em grandes placas de forma irregular, deixando no tronco manchas esbranquiçadas a cinzentado-esverdeadas. É uma árvore caducifólia, com folhas alternas, de 10 a 25 por 12 a30 cm, pecioladas, 3 a 5 (7)-palmatipartidas ou palmatifendidas, com os lóbulos ovado-triangulares, inteiros ou sinuado-dentados, truncadas ou subcordadas na base, agudas no ápice, tomentosas quando jovens, tornando-se rapidamente glabrescentes, verdes na página superior e verde claras na inferior. Flores muito pequenas, unissexuadas, em capítulos globosos, de 25 a 30 mm de diâmetro (as masculinas de menor diâmetro), agrupadas em pedúnculos compridos e pendentes. Os frutos são aquénios, desprendendo-se da infrutescência globosa no ano seguinte, rodeados pelos referidos pêlos basilares, que facilitam a disseminação.
O plátano é considerado um híbrido entre o plátano Americano (Platanus occidentalis L.) e o plátano Europeu (Platanus orientalis L.). É muito comum em toda a Península Ibérica, cultivado em parques, praças e arruamentos. É possivelmente a árvore mais utilizada em Portugal para ladear as artérias urbanas, também para embelezar parques e jardins e ainda como suporte nas vinhas de enforcado no Alto Minho. As qualidades ornamentais desta árvore ficam muito prejudicadas com as podas excessivas que costumam sofrer nos nossos jardins e arruamentos.
Como esta árvore tem o tronco esverdeado e uma copa muito ampla, é considerada das melhores árvores no combate à poluição do ar citadino. Por isso foi uma árvore muito plantada na cidade de Londres, quando ali se deu início, há décadas, ao combate ao conhecido "smog", nevoeiro londrino pleno de fumos, que matou tanta gente e que, praticamente, já não existe nos nossos dias.
Este plátano prefere solos frescos e férteis, não secos, não suportando altitudes elevadas (até 1600m). Como os aquénios (fruto dos plátanos) são muito pequenos, leves e rodeados de pêlos basilares, dispersam-se facilmente pelo vento, provocando muitas vezes reacção alérgicas nos olhos e vias respiratórias.
Os plátanos são árvores com grande longevidade, conhecendo-se alguns exemplares do plátano Europeu (Platanus orientalis) com cerca de 2000 anos. Não são atacados por insectos, mas são susceptíveis a um fungo (Apiognomonia veneta = Gnomonia veneta) que, antigamente, quando não era ainda conhecido o seu ciclo biológico completo, era também conhecido por Discula platani = Gnomonia platani ou Gloesporium nervisecum.
As folhas, a casca e os frutos foram utilizados em medicina popular, tendo-se perdido completamente esta aplicação. A madeira do plátano é dura e muito resistente, sendo muito parecida com a da faia. Por isso, por vezes erroneamente, chamam faia ao plátano. Esta madeira, pardo-amarelada é utilizada em marcenaria e carpintaria, sendo também um bom combustível. Actualmente é muito utilizada como ornamental, ou em estacaria, o É muito apreciado pela eficaz reprodução por estaca, fácil transplante e crescimento rápido, suportando bem as podas. A germinação não é produtiva provavelmente por se tratar de um híbrido.