Ásia (China, Japão, Coreia).
Surge no estrato inferior de florestas, em planícies, campos abertos, principalmente junto às orlas.
O ligustro-do-Japão é um arbusto de forma cónica erecta, até 3 m de altura, de folhagem densa. Folhas opostas, inteiras, de pecíolo curto, de ovadas a oblongas, acuminadas, de 4 a 10 cm de comprimento, geralmente arredondadas na base, de margem e nervura central avermelhadas; são verde-escuras na página superior e verde-amareladas na página inferior. Flores amareladas, pequenas, em racimos terminais de 6 a 15 cm de comprimento. Os frutos são drupas de cerca de 5 mm de diâmetro, azuis anegradas.
O Ligustrum japonicum é muito similar ao Ligustrum lucidum. Difere no porte (é mais pequeno), as folhas são menores, frequentemente arredondadas na base. O nome genérico, Ligustrum, era já utilizado pelos Romanos e foi mantido por Lineu; segundo alguns autores deriva do vocábulo latino ligare, que significa atar, por os seus ramos terem sido utilizados com este fim.
Vegeta em qualquer tipo de solo, sempre que não seja demasiado pobre. Cresce tanto em pleno sol como na sombra.
Existem algumas cultivares do Ligustrum japonicum, a ‘Rotundifolium’, arbusto compacto, de folhas ovaladas, de 3 a 6 cm de comprimento, de cor verde escuro brilhante; e a ‘Variegatum’, de folhas com margem branco-cremosa.
O Ligustrum japonicum possui um crescimento rápido. Tolera muito bem as podas, sendo frequentemente usado para formar sebes. São várias as aplicações dos ligustros. A madeira de alguns é dura e elástica, pelo que se fabrica com ela pequenos objetos torneados; com os seus ramos confecionavam-se cestos, de forma análoga ao vime, já que se assemelham a este, na flexibilidade. As folhas são de paladar amargo e têm-se usado como medicinais pelas suas propriedades adstringentes (contraem os tecidos, os capilares, os orifícios e tendem a diminuir as secreções das mucosas) e na prisão de ventre; também se atribuem propriedades adstringentes às flores e frutos, juntamente com as propriedades refrigerantes, embora alguns autores não aconselhem o seu uso interno. As suas folhas secas e reduzidas a um pó fino, constituem a alfena, utilizada como corante. Por isso o ligustro é também conhecido por alfenheiro. Também os frutos fornecem uma matéria corante negra, avermelhada, que, de acordo com alguns autores, ter-se-á utilizado para dar mais cor aos vinhos.