Oeste da América do Norte.
Surge ao longo da costa do Pacífico, em zonas florestais.
A tuia é uma árvore com 30 a 60(70) m de altura, tronco com tendência a ramificar-se desde a base, ao ponto desses ramos se recurvarem e ficarem em posição vertical, constituindo assim troncos secundários, tomando a árvore a forma de um verdadeiro candelabro. Esses ramos podem enraizar quando em contacto com o solo. A casca do tronco é delgada, castanha avermelhada e algo sulcada. A copa é cónica, estreita nos primeiros tempos, tornando-se depois piriforme. Ramos com folhas muito achatadas, dispostas segundo planos mais ou menos horizontais. Folhas persistentes, escamiformes, pequenas, dispostas em 4 filas, opostas e cruzadas. Face superior do ramo verde-brilhante e inferior com placas esbranquiçadas. Folhagem aromática. Flores masculinas vermelhas, pouco vistosas, reunidas em cones de 1 a 3 mm, solitárias ou terminais, no ápice dos brotos. Cones femininos elipsóides, amarelos quando maduros, de cerca de 1 a 2 cm, com delgadas escamas imbricadas que se prolongam numa protuberância espinhosa. Os frutos são pinhas alongadas, direitas, de 12 a 18 cm de comprimento, constituídas por 8 a 12 escamas achatadas, ligeiramente bilabiais e mucronadas no ápice; cada escama contém 2 óvulos. Sementes ovais, alongadas, de 5 a 7 mm de comprimento, aladas.
A tuia-gigante procede do oeste dos Estados Unidos da América e foi introduzida em Portugal em meados do séc. passado. No seu país de origem atinge cerca de 60 m de altura, no entanto na Europa não ultrapassa os 40 m. Em Portugal o maior exemplar que se conhece situa-se no Parque da Pena, com 35 m de altura.
É uma das espécies florestais mais importantes do Oeste da América do Norte e a sua área geográfica abrange a zona litoral desde o Alasca até à Califórnia. No nosso país, encontra boas condições ecológicas, principalmente no centro e norte a nível montanhoso, como podem comprovar alguns exemplares em parques públicos como em Sintra, Buçaco, Lamego e no Bom Jesus de Braga.
Os ramos jovens das tuias, especialmente da Thuja occidentalis, utilizam-se em medicina como adstringentes e emenagogas (promove ou restabelece o fluxo menstrual), esta última propriedade deve-se ao conteúdo de tuiona (terpeno bicíclico). Também é utilizada como expectorante. A essência de tuia, para uso externo, serve para tirar verrugas.
Todas as tuias são consideradas plantas bastante venenosas (tanto os brotos como a madeira), devido à mencionada tuiona, que pode produzir eczemas na pele dos operários que trabalham com a sua madeira. A madeira é macia, duradoura, muito leve, aromática, amarelo-acastanhada, clara, fácil de trabalhar. Utiliza-se no Canadá e nos Estados Unidos para postes e travessas de carris.