Europa (Região Mediterrânica e Macaronésia).
Ocorre naturalmente em matagais, bosques perenifólios e em galerias ripícolas.
Arbusto sempre-verde, raramente ultrapassando os 6 m de altura, com ramos angulosos. Possui uma folhagem muito densa, constituída por folhas simples, inteiras, curtamente pecioladas, oposto-cruzada, sem estípulas. Limbo de contorno ovado-oblongo ou lanceolado, com a margem inteira, de cerca de 10 cm de comprimento, verde-escuro, sendo mais claro na página inferior. As flores reunidas em cimeiras corimbiformes, bastante amplas e quase planas, até 10 cm de diâmetro, no ápice dos ramos. São hermafroditas e possuem uma corola curta, campanulada, com 5 lóbulos brancos, por vezes corados de rosa, principalmente início da floração. Apresentam 5 estames curtos, que alternam com as pétalas e um ovário com estilete curto e estigma trilobulado. O fruto é uma drupa, não comestível, ovoide, com 5 a 8 mm de comprimento, de cor azul metálico quando maduro, carnudo, com uma semente.
O epíteto específico, tinus, significa “louro silvestre”, tendo sido aplicado por Plinio, e posteriormente por Clusio, pelo facto da folha ser parecida com a do loureiro. O folhado é cultivado frequentemente como ornamental, exigindo poucos cuidados. Tem flores e frutos muito duradouros, e a folhagem é sempre-verde e muito decorativa. Reproduz-se facilmente por semente. Existem várias cultivares, como por exemplo, a “Strictum” que tem porte erecto, cónico, e a “Variegatum”, com as folhas variegadas de amarelo ou creme e flores rosadas.
Está protegido por lei nas Baleares (relacionado com fins comerciais).
Os frutos do folhado já foram utilizados como purgante, e para combater a hidropisia (acumulação de líquido seroso numa cavidade), contudo actualmente não é aconselhável o seu uso, pois podem provocar inflamações na boca, sendo os seus efeitos pouco conhecidos. As folhas esmagadas terão sido utilizadas como febrífugo.