A Magnolia x soulangeana é uma pequena árvore, caducifólia, que pode variar entre os 4 e os 8 m de altura, de casca cinzenta prateada e rebentos acastanhados. Folhas alternas, simples, largamente obovadas ou suborbiculares, escassamente acuminadas, ocasionalmente arredondadas, de base frequentemente irregular, atenuada, verde-escuras brilhantes na página superior, membranosas e subcoriáceas. Flores precoces (aparecem antes das folhas), solitárias, erectas em pedicelos de aproximadamente 7 mm. Corola com 9 pétalas unidas, oblongo-ovadas, côncavas acima da extremidade, brancas, manchadas de rosa, purpúreo a violeta em baixo, algo aromáticas; sépalas pequenas e verdes. Os botões e os rebentos são tomentosos. Os frutos são folículos, similares a um cone, cilíndricos, de 10 cm de comprimento e assimétricos; sementes vermelhas.
Magnolia x soulangiana Soul.-Bod., de flor violácea, é um híbrido resultante do cruzamento entre Magnolia denudata Desr. e Magnolia liliflora Desr., com flores isoladas que, entre finais de Fevereiro a Abril, aparecem antes da rebentação das folhas. Existem várias cultivares disponíveis, variando em diversas características, como a cor das flores, o tamanho das plantas e a época de floração.
São vulgares em Portugal, além da Magnolia x soulangiana Soul.-Bod., de flor violácea, uma de folha persistente e de flores grandes e brancas, a Magnolia grandiflora. Ambas as espécies são muito utilizadas em parques e jardins por toda a Europa. São espécies que resistem bem à poluição urbana.
O nome do género é alusivo a Pierre Magnol, médico e botânico francês, director do Jardim Botânico de Montpellier que viveu entre 1638 e 1715 que foi o criador do conceito de família em botânica.
A casca e botões florais de algumas espécies chinesas e japonesas de Magnolia, utilizam-se como medicinais pelas suas propriedades tónicas e estimulantes.