Europa (sudoeste da Península Ibérica).
Ocorre naturalmente em bosques muito húmidos, próximo de linhas de água ou na periferia de bosques caducifólias.
Arbusto perenifólio, com 3 m de altura. Tronco ereto com casca lisa, cinzenta ou avermelhada e ramos dispostos mais ou menos horizontalmente. Apresenta folhas simples, glabras, elíptico-lanceoladas, com 7 a 15 cm de comprimento, coriáceas, de cor verde-escura brilhante na página superior e mais claras na inferior. Inflorescências corimbosas com 8 a 16 flores hermafroditas, pediceladas, cálice com cerca de 2 cm e corola simpétala, campanulada e afunilada, com 4 a 6 cm de comprimento, com 5 grandes lóbulos e cor violáceo-purpúrea, por vezes rosada. Os estames em número de 10 apresentam filetes esbranquiçados, ligeiramente arqueados. O gineceu possui um ovário e estilete glabros, sendo este último também excerto. O fruto é uma cápsula cilíndrica, com até 3 cm, que se abre por 5 valvas que encerram minúsculas sementes.
São plantas muito tóxicas, quer para o Homem, quer para a maioria dos animais (especialmente, os herbívoros), por produzirem andromedotoxina, um álcool tetracíclico, que tem um efeito profundo a nível do sistema cardiovascular e respiratório. Esta toxicidade também pode passar ao mel de adelfeira.
O género Rhododendron é cultivado como ornamental em parques e jardins. A subespécie. baeticum surge naturalmente, no centro e sul de Portugal continental, como por exemplo na Reserva Botânica do Cambarinho, na Serra do Caramulo. Pode apresentar carácter invasor em determinados países, fora da sua distribuição natural, como é o caso do Reino Unido. Apresenta elevado interesse científico, por ser considerada uma relíquia da flora do período terciário (Laurissilva).