Espécie amplamente estendida pela Europa e Ásia. Espontânea em Portugal, acima de 1000 m, nomeadamente nas serras do Gerês, Cabreira, Larouco, Montesinho, Roboredo e Estrela.
Orlas de bosques caducifólios e pinhais, por vezes em zonas abertas e matagais, em solos siliciosos de zonas montanhosas.
Árvore de até 15 (20) m de altura, caducifólia e inerme, com pernadas erecto-patentes. Ritidoma esbranquiçado e liso, por fim anegrado e fendido. Gomos ovóide-afilados. Folhas compostas, imparifolioladas, alternas, com 10 a 20 cm de comprimento, com 5 a 7 pares de folíolos, cada com 2,5 a 6 cm, oblongo-lanceolados, serrados nas margens, com página-inferior verde-acinzentada. Flores brancas, com 8 a 10 mm de diâmetro, dispostas em panículas umbeliformes, terminais. Os frutos são pomos ovóides, dispostos em cachos densos, vermelho-alaranjados, persistindo bastante tempo na árvore.
Sorbus, é o nome latino dos seus frutos; aucuparia, do latim aucupor, quer dizer colher pássaros, alusivo aos seus frutos serem apreciados por inúmeros pássaros.
É uma espécie de exigências mínimas. Os frutos mantêm-se na árvore até ao Inverno, são comestíveis, mas pelo seu alto teor de tanino e de ácido málico têm um sabor ácido e até amargo.
Multiplica-se por semente e as variedades por enxertos. A tramazeira é muito apreciada como árvore ornamental, pelas sua flores e especialmente pelos seus frutos, existindo diversas cultivares: ‘Asplenifolia’, ‘Edulis’, ‘Fastigiata’, ‘Pendula’, etc..
A madeira da tramazeira é utilizada em tornearia. Os seus frutos são usados para fazer marmelada e compotas. A aguardente obtida dos seus frutos, é utilizada no fabrico de óptimos vodkas. Os frutos têm propriedades adstringentes, pela sua riqueza em taninos, e antiescorbútica, pelo conteúdo em vitamina C.