Oceânia (Região litoral do Sudeste e Sul da Tasmânia).
Surge naturalmente na zona litoral do sudeste e sul da Tasmânia, das ilhas Flinders e King, entre a Tasmânia e a Austrália, formando pequenos bosques em altitudes compreendidas entre o nível do mar e os 400 m.
O eucalipto é uma árvore de grande porte, que pode chegar aos 40 ou 50 m de altura. O tronco é direito, muito grosso e com tendência a experimentar uma torsão espiral, está coberto por uma casca cinzenta ou pardo-cinzenta, que se desprende em tiras longitudinais, retorcidas, que se mantêm pendentes durante algum tempo na árvore. Nas árvores mais velhas, a casca torna-se persistente na base do tronco. As folhas das árvores jovens e dos rebentos da base, são opostas, sésseis, claras e cerosas. As folhas adultas compridas e estreitas, alternas, lanceoladas, pecioladas, planas e brilhantes, com numerosas glândulas translúcidas. As flores são solitárias, esbranquiçadas, ou agrupadas de uma a três, axilares, subsésseis ou com pedicelos muito curtos, e numerosos estames formando um penacho. A corola é constituída por pétalas aderentes a formarem um opérculo caduco circularmente. O cálice é quadrangular com um opérculo coriáceo que se destaca pela base. O fruto é uma cápsula, dura, verrugosa, com 4 lóculos que contêm as sementes.
O Eucalyptus globulus foi encontrado na Tasmânia em 1799 por Labillardiére, tendo sido classificada por este botânico. A área natural desta espécie é bastante restrita, pois encontra-se limitada a pequenas manchas da zona litoral do sudeste e sul da Tasmânia, das ilhas Flinders e King, entre a Tasmânia e a Austrália, em altitudes compreendidas entre o nível do mar e 400 m. Foi a primeira espécie de eucalipto que se espalhou pelo Mundo, sendo atualmente a mais cultivada, em virtude do seu rápido crescimento e porte majestoso. Tem sido fomentada principalmente em Portugal, Espanha, Uruguai, Chile, Peru, Bolívia, Brasil, Estados Unidos, entre outros. Em Portugal encontra-se uma das principais áreas de cultivo de Eucalyptus globulus, concentrando-se principalmente ao longo de toda a faixa litoral, numa largura máxima de 65 Km em altitudes inferiores a 500 m. Contudo, a existência de uma maior área de eucaliptal na região centro resulta, como é óbvio, das melhores condições ecológicas a esta cultura; também é de salientar, que é nesta região que se encontra a quase totalidade dos povoamentos mistos de eucaliptal e pinhal, onde o eucaliptal tem vindo a ganhar terreno.
O eucalipto cresce rapidamente e absorve uma grande quantidade de água do solo, daí o seu emprego para drenar terrenos pantanosos. No entanto esta bela árvore cobra um tributo nos terrenos onde se planta: acidifica o solo e impede ou limita o crescimento de outras plantas à sua volta, tendo um impacte ecológico devastador, monopolizando a água, reduzindo a qualidade do solo e diminuindo a biodiversidade do ecossistema florestal.
As folhas do eucalipto têm propriedades balsâmicas e anti-sépticas devido ao seu óleo essencial cujo principal componente é o cineol ou eucaliptol. A espécie utilizada na medicina e considerada por ela como oficial é o E. globulus. É utilizada contra as bronquites e catarro em forma de infusão ou inalação. O óleo de eucalipto obtém-se das folhas, sendo um apreciado anti-séptico utilizado na medicina e na perfumaria. Portugal é um dos maiores produtores de óleo de eucalipto do Mundo, grande parte exportada para os Estados Unidos, França, Alemanha e Holanda.