Originária do noroeste da Europa até ao centro e sul da Itália e Ásia ocidental. Espontâneo a norte de Portugal.
Em bosques ou nas orlas formando sebes, sem preferência pelo tipo de solo.
O plátano-bastardo é uma árvore de porte elevado que pode alcançar os 30 m de altura, de copa ampla e ramos abertos, com casca lisa e acinzentada. As folhas de 10 a 15 cm, são caducas, palmadas, divididas até à metade da lâmina, em 5 lóbulos ovados, com as margens providas de grossos dentes um pouco desiguais que a certa altura se curvam em forma de serra; o pecíolo é muito longo. As flores são hermafroditas ou unissexuais; amarelo-esverdeadas, dispostas em grande número em inflorescências (tirsos ou racimos) pendentes que aparecem com as folhas ou um pouco depois; têm longos pedúnculos, dois envolvimentos florais de 5 sépalas e 5 pétalas desenvolvidas e livres, que se inserem junto com os 8 estames, num disco anelar carnudo situado debaixo do ovário. O fruto é formado por duas expansões unidas que se prolongam em asas membranosas e se dilatam até ao ápice formando entre si um ângulo próximo de 90º (dissâmaras).
A origem do nome genérico, Acer, utilizado pelos romanos, faz alusão à dureza e firmeza da sua madeira. Segundo alguns autores, Acer, deriva do vocábulo Celta, ac, que significa espinha ou ponta, pela sua madeira ser usada para fabricar pontas de lanças. O restritivo específico pseudoplatanus, faz referência à semelhança das suas folhas com as do plátano. Tolerante a locais sombrios, Acer pseudoplatanus, prefere os locais frescos e as regiões montanhosas, embora suporte bem o calor e à secura. É exigente quanto ao solo que deve ser fértil e rico em matéria orgânica.
A espécie Acer pseudoplatanus L. tem variadíssimas aplicações. A sua madeira é de cor pálida com uma granulação contínua, sendo leve e fácil de trabalhar, muito apreciada em tornearia, marcenaria e carpintaria. As folhas, frutos e córtex da raiz têm sido utilizados como medicinais, atribuindo-se a estas componentes, propriedades adstringentes. As folhas maceradas em vinho, usaram-se em forma de colírio, para evitar o choro involuntário; o cozimento das suas raízes foi considerado um remédio contra a sarna. No entanto, todas estas propriedades parecem não ter confirmação actual. Do seu tronco e ramos, se for efetuada uma incisão na primavera, surge um líquido açucarado agradável de beber, que de acordo com alguns autores, era tomado habitualmente por algumas pessoas. É também muito utilizada como espécie ornamental, em parques, jardins e arruamentos.