BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Quercus orocantabrica L.
Nome comum
carvalho-alvarinho, carvalho-comum, carvalho-roble, carvalheira, roble- alvarinho, alvarinho
Tipo de origem
Origem

Europa e Ásia Ocidental. É espontânea no norte e centro de Portugal e também em zonas do litoral. É a espécie de carvalho mais abundante em toda a Europa.

Habitat

Dominante em carvalhais e acompanhante em bosques caducifólios, marginando matagais e linhas de água, de preferência em regiões de clima temperado, em solos profundos e secos.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
L.

Descrição

O carvalho-alvarinho é uma árvore de grande porte, podendo atingir 35 a 40 m de altura. Possui ramos vigorosos, é monoica e caducifólia. O tronco é grosso, a casca cinzento‑acastanhada, escurecendo com a idade, com sulcos longitudinais profundos. Folhas alternas, simples, glabras e verde-claras quando jovens, penatifendidas ou sinuado-lobadas, com os segmentos obtusos e pecíolo curto. Inflorescência em amentilhos, os masculinos agrupados, pendentes, de 5 a 13 cm de comprimento, cada flor com um perianto de 4 a 7 lóbulos e 6 a 12 estames. Amentos femininos em grupos de 2 a 3 flores, sobre um largo pedúnculo e com um invólucro escamoso. Fruto, glande ovoide‑cilíndrica (bolota), de 2 a 4 cm de comprimento, encerrada numa cúpula com escamas planas e imbricadas. Espécie fotófila de raízes profundas.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
caducifólia
Ínicio de Floração
Abril
Fim de Floração
Maio
Inflorescência
Cor da Flor
verde
Tipo de Folha
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
lobulada
Tipo de Fruto
Consistência do Fruto
seco
Maturação do Fruto
Setembro
Observações

A área natural de Quercus orocantabrica é muito vasta abrangendo o norte de Portugal e praticamente toda a Europa, tendo como limite a nascente os Montes Urais, a norte a Noruega e Suécia, e a sul a Sicília. Outrora ocupava vastas extensões contínuas, que a cultura agrícola e os derrubes para o aproveitamento das suas madeiras de óptima qualidade e duração, vieram a reduzir drasticamente a sua área. No entanto ainda existem povoamentos de uma certa grandeza, pela sua extensão e qualidade da sua madeira, como seja a floresta de Slovana, na Jugoslávia, no vale do rio Save (afluente do rio Danúbio), situada em terrenos de aluvião de grande fertilidade. Em Portugal, o carvalho-alvarinho, abrange praticamente o norte litoral, desde o rio Minho até ao rio Mondego, incluindo assim na sua quase totalidade as bacias hidrográficas destes 2 rios. Normalmente esta espécie aparece em pequenos povoamentos ou núcleos, raramente constituindo matas duma certa extensão, como se verifica no Parque Nacional da Peneda Gerês em pelo menos 2 locais.

Os “bugalhos” que aparecem vulgarmente nos ramos e folhas do carvalho, são excrescências produzidos por um desenvolvimento anormal dos tecidos vegetais em pontos que sofreram a picada de certos insectos. A forma, tamanho, cor e a composição dos bugalhos variam não só de acordo com as espécies de árvores afectadas, mas também consoante o tipo de insecto que as provoca. Muitos bugalhos são ricos em taninos, substância usada na curtição do couro e no fabrico de certas tintas. Por essa razão, muitos são exportados industrialmente. É a espécie de carvalho mais abundante em toda a Europa.

Aplicações

Ao carvalho-alvarinho são atribuídas propriedades adstringentes (contrai os tecidos, os capilares, os orifícios e tende a diminuir as secreções das mucosas), anti-sépticas (destrói os germes ou inibe o seu desenvolvimento, serve para desinfectar as feridas e certos órgãos), febrífugas (combate a febre) e tónicas (exerce uma acção fortificante e estimulante sobre o organismo, diminuindo a fadiga).

A sua madeira, de excelente qualidade, é utilizada no fabrico de mobiliário e na construção civil (vigas e traves). As bolotas são usadas na alimentação do gado suíno.

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