BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Corylus avellana L.
Nome comum
aveleira, avelaneira
Tipo de origem
Origem

Frequente em todas as montanhas do Norte Peninsular, desde a Galiza, Serra da Estrela, sistemas Ibérico e Central e Pirenéus. Espécie originária de quase toda a Europa, chegando à Ásia Menor e ao Cáucaso.

Habitat

Bosques caducifólios, encostas e vales húmidos e frescos, até aos 1900 metros de altitude.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
L.

Descrição

A aveleira é um arbusto ou pequena árvore que pode atingir 8 m de altura, com numerosos troncos que crescem mais ou menos rectos. A copa é pouco densa, irregular. A casca é lisa, vermelha escura, que se torna cinzenta e, por fim, gretada-escamosa. Os ramos jovens são pubescentes-glandulosos. As folhas com 5 a 10 cm são suborbiculares a amplamente ovadas, cuspidadas, frequentemente sublobadas, curtamente pecioladas, rugosas, pubescentes, quando jovens, nas duas faces, tornando-se pubescente apenas na página inferior, duplamente serradas. Os amentilhos masculinos com 3 a 9 cm, verde-claros. Os frutos são aquénios (avelãs) com 1,5-2 cm, de cor vermelho-escuro. Cada avelã está envolvida por um invólucro de brácteas soldadas e peludas, verde-claro, castanho na maturação, que quase ocultam o fruto.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
caducifólia
Ínicio de Floração
Janeiro
Fim de Floração
Março
Inflorescência
Cor da Flor
verde
Tipo de Folha
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
duplamente serrada
Limbo da Folha
Tipo de Fruto
Consistência do Fruto
seco
Maturação do Fruto
Setembro
Observações

Os médicos da antiguidade tinham conceitos diversos sobre a aveleira. Dioscórides opinava que era nociva para o estômago, mas acalmava a tosse; Santa Hildegarda aconselhava-a como remédio para a impotência; Mattioli receitava-a, depois de moída e misturada com gordura de urso, para o repovoamento capilar; Amato Lusitano considerava-a infalível para curar a ‘doença da pedra’; Craton indicava-a para as cólicas nefríticas. Apesar de tudo, há pelo menos uma certeza, a avelã é extremamente nutritiva, estimulante e menos indigesta que a noz. A raiz com veios da aveleira é utilizada em trabalhos de embutidos, e dos seus ramos flexíveis faz-se uma vara bifurcada utilizada pelos vedores para descobrir veios de água, extremamente importante nos meios rurais.

Aplicações

As aveleiras silvestres dão avelãs mais pequenas e em menor quantidade que as cultivadas, mas são mais saborosas. As avelãs para além de serem comestíveis, são muito utilizadas na culinária. As folhas são utilizadas em infusões como antipiréticas e depurativas, sendo também aplicado externamente em compressas, como cicatrizante. As suas folhas terão sido utilizadas na medicina popular pelas suas propriedades de tónico circulatório. Já se provou também que a ingestão de 2 a 3 avelãs por dia, baixa o nível de colesterol no sangue. As avelãs silvestres são parte importante na dieta de muitos roedores.

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