BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES
Nome Científico
Olea europaea L. var. europaea
Nome comum
oliveira
Familia
var.
Tipo de origem
Origem

Região mediterrânica (Sul da Europa, Norte de África e Médio Oriente).

Habitat

Bosques esclerófitos mediterrâneos ou em matos que resultam da sua degradação. A variedade europaea é cultivada em muitos locais do mundo, sobretudo nos países da bacia do Mediterrâneo.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
L.

Descrição

Árvore de médio porte que pode alcançar 15 m de altura, ocorrendo por vezes na forma arbustiva; apresenta uma copa ampla e um tronco grosso, com ritidoma cinzento, fendilhado-reticulado. Ramos cinzentos, cobertos por escamas de pequenas dimensões. Folhas decussadas, simples e inteiras, lanceoladas a obovadas, mucronadas, com 2 a 8 cm de comprimento e 0,5 a 1,2 cm de largura, subsésseis, coriáceas, verde-acinzentado-escuras e glabras na página superior, cinzento-esbranquiçadas e densamente escamulosas na página inferior. Flores hermafroditas ou poligâmicas, reunidas em panículas axilares, com um cálice dividido em 4 dentes ou lobos curtos, corola de cor branca, sub-rodada, dividida em 4 lobos levemente mais compridos do que largos. Estames com anteras de grandes dimensões e filetes curtos. Drupa oleaginosa, de 1 a 3,5 cm de longitude e 0,6 a 2 cm de largura, elipsóide a subglobosa, de cor verde quando jovem tornando-se negra, verde-acastanhada ou raramente ebúrnea após maturação.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
perenifólia
Ínicio de Floração
Maio
Fim de Floração
Junho
Inflorescência
Cor da Flor
branco
Tipo de Folha
Inserção de Folha
decussada
Margem da Folha
inteira
Limbo da Folha
Tipo de Fruto
Consistência do Fruto
Maturação do Fruto
Setembro
Observações

A oliveira é uma das árvores cultivadas na Europa com maior longevidade, podendo ultrapassar os 1500 anos de idade. É observada em bosques esclerófitos mediterrâneos ou em matos que resultam da sua degradação.

O nome específico da oliveira (Olea europaea) deriva do grego elaía que dá origem ao seu nome comum e de élaion que significa azeite.

Aplicações

A oliveira é fundamentalmente cultivada para extracção do azeite dos seus frutos. Este produto é especialmente importante na alimentação das populações mediterrânicas. A colheita das azeitonas é efectuada à mão, passando os ramos por entre os dedos, ou varejando-os (actualmente através de processos mecânicos) e recolhendo as azeitonas no solo sobre plásticos. As diversas dificuldades associadas à colheita dos frutos da oliveira levam à utilização de outras plantas oleaginosas (e.g. girassol) com óleo de menor qualidade, em detrimento desta.

As azeitonas podem também ser preparadas para consumo. Para isso são submetidas a um processo que tem como objectivo a remoção, total ou parcial, do seu sabor amargo. O processo de tratamento dos frutos varia grandemente, de acordo com os métodos aplicados, tendo como resultado uma grande variedade de azeitonas. Esta diversidade de produtos também é resultado dos diferentes métodos utilizados consoante a região e a plantas aromáticas utilizadas na preparação.

O azeite virgem (o primeiro a ser extraído), além de muito apreciado na alimentação, é aplicado medicinalmente como medicamentos, pelas suas propriedades colagogas e laxantes. É ainda largamente utilizado na indústria de cosméticos e sabões.

As folhas são aplicadas medicinalmente na diminuição da pressão sanguínea, propriedade que parece dever-se a um heterósido amargo, a oleuropeína. Apresentam ainda propriedades hipogluceminantes, e eram antigamente utilizadas, pelo seu sabor amargo, como tónico e febrífugo.

A oliveira é ainda muito apreciada como planta ornamental. A sua madeira é muito dura e compacta, de textura fina e de grande densidade, apresentando desta forma qualidades muito apreciadas. É ainda um excelente combustível e é adequada para produção de carvão.

Os ramos de oliveira simbolizam a Paz. Esta planta apresentou um grande valor na antiguidade, encontrando-se associada aos jogos olímpicos, nos quais os vencedores eram coroados com ramos desta planta. O azeite extraído era frequentemente utilizado em cerimónias religiosas.

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