Oeste e sul da Europa, noroeste da África e sudoeste da Ásia. Autóctone em Portugal, embora as populações indígenas apenas habitem alguns locais acima do rio Douro, é uma planta que se adapta sensivelmente a todo o território.
Matagais ripícolas em leitos de cheia e ravinas, subcoberto de florestas e sebes preferencialmente em substrato rochoso básico, casualmente em xistos e granitos.
O buxo é um arbusto alto ou pequena árvore, sempre-verde, com 0,5 a 3 m de altura, contudo pode alcançar um tamanho superior, quando não é podado e cresce em local apropriado, e nesse caso, pode chegar aos 8 m de altura, excecionalmente 10 m. Os ramos jovens são quadrangulares com alguns pelos, que caem de seguida. Esses ramos são densamente cobertos de folhas opostas, reluzentes, de contorno ovadoâelíptico, que frequentemente estão algo menos densas no ápice. As folhas medem até 3 cm de comprimento e têm uma cor verdeâescura na face superior que se converte em verdeâamarelado na inferior. As flores estão agrupadas em glomérulos na axila das folhas superiores. Cada glomérulo apresenta uma flor feminina central rodeada por poucas flores masculinas. O fruto é uma cápsula seca, ovoide ou obovoide, que fecha por três saliências muito curtas, com 3 cavidades que contêm uma semente. Abre-se finalmente por 3 valvas. As sementes, de secção mais ou menos trigonal, são lustrosas e negras.
O buxo é muito apreciado para jardinagem, onde se utilizam várias cultivares. Tolera temperaturas até -20°C, embora prefira invernos mais amenos. Gosta de luz ou meia sombra e solos bem drenados. É uma boa planta para as abelhas. Apesar de ter sido usada no passado para tratar as mais diversas doenças, é pouco usada na fitoterapia atual, pois o buxo é uma planta tóxica, todas as suas partes são venenosas, especialmente as folhas e a casca do tronco, podendo provocar a morte.
Uma das espécies mais cultivadas em jardim, muito utilizadas em sebes modeladas pela poda. A madeira de buxo tem uma cor amarelada, e é de textura fina. A sua notável dureza é adequada para tornear, talhar e estampar, pelo que é muito utilizada no fabrico de pequenos utensílios, como tigela e pentes, sendo também apropriada para instrumentos musicais. As plantas indígenas do nordeste de Portugal são utilizadas no fabrico de cabos de navalhas e também ponteiras de gaita-de-foles.