Nova Zelândia
Ocorre desde o nível do mar até às proximidades da linha das árvores, principalmente em locais abertos e na floresta.
A V. salicifolia é um arbusto bastante ramificado, de crescimento rápido, que pode atingir 2 metros de altura. Os seus ramos são eretos, maioritariamente desprovidos de pelos, e os caules tornam-se de cor castanha-acinzentada nos exemplares mais velhos.
As folhas, de textura coriácea, são estreitamente lanceoladas ou oblongo-lanceoladas, o ápice é acuminado e as margens são ligeiramente denticuladas a inteiras. A face superior da folha, de cor verde, é opaca, ligeiramente peluda ao longo da nervura central e a face inferior, de cor verde-claro, é glabra, podendo exibir um fino indumento de pelos.
As flores, de cor branca ou violeta, dispõem-se em cachos densos e cilíndricos, podendo atingir 20 cm de comprimento.
O fruto é uma cápsula arredondada, desprovida de pelos, com a existência de lóculos. As sementes são achatadas, globosas, de cor amarelada.
A verónica é uma planta resistente a diferentes condições climatéricas (seja calor, frio ou secura), que necessita de uma quantidade adequada de luz solar para prosperar, não tolerando a sombra por longos períodos de tempo.
A V. salicifolia tem valor ornamental dada a sua folhagem sempre-verde e atraente floração, sendo amplamente utilizada para a formação de sebes. Fornece abrigo a pássaros, insetos e abelhas.
As comunidades indígenas utilizam esta planta desde a antiguidade devido às suas propriedades medicinais. As folhas da V. salicifolia, quando mastigadas, ajudam no tratamento da diarreia e, quando aplicadas sobre a pele, auxiliam no tratamento de feridas e úlceras.