Região dos Himalaias, Norte da Índia e Paquistão
Habita preferencialmente em matos, margens de florestas e encostas montanhosas, entre 500m a 2000 metros de altitude.
A espécie Morus indica L. é uma pequena árvore ou arbusto caducifólia que pode atingir 7 metros de altura. A sua casca é de tom castanho-acinzentado e possui ramos glabros que, quando jovens, apresentam um ligeiro indumento de pelos fracos que tende a desaparecer à medida que se desenvolvem.
As folhas, até 12 cm de comprimento, de cor verde, são de formato ovado a lanceolado, dispondo-se alternamente nos caules. São simples, profundamente lobadas, ocasionalmente com 3 lóbulos, as margens são serrilhadas ou inteiras, a base da folha tende a ser cordada e o ápice é geralmente agudo. A página superior da folha é escabra, isto é, é áspera ao tato e geralmente apresenta uma densa cobertura de pelos curtos. A página inferior, de cor verde mais pálida, tem uma cobertura de pelos pouco densos. O pecíolo da folha é delgado, medindo até 2 cm de comprimento.
É uma espécie monóica, o que significa que existem flores masculinas e femininas na mesma árvore, embora se desenvolvam em ramos distintos. A inflorescência masculina é estreitamente oblonga, com cerca de 1.5 cm de comprimento, e é coberta por uma densa camada de pelos finos. A inflorescência feminina tem um formato subgloboso ou quase esférico, de comprimento semelhante às inflorescências masculinas, e são densamente pubescentes.
As flores femininas, quando fertilizadas, desenvolvem um fruto sincárpico, de consistência carnuda no seu interior. Este apresenta geralmente cor vermelha a púrpura, de formato cilíndrico.
Esta espécie tem como sinonímia Morus kagayamae Koidz., considerando-se que se trata da mesma espécie. Amplamente cultivada na Índia, à semelhança de outra espécie pertencente ao mesmo género, a M.alba.
Apresenta propriedades medicinais, que advêm da extração de componentes presentes na casca, folhas e frutos desta espécie e que ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabetes tipo II, segundo estudos comprovados cientificamente. Adicionalmente, as folhas da M.indica possuem valor comercial, servindo como fonte de alimento para os bichos-da-seda.