América Central (México, Guatemala e Costa Rica)
Zonas montanhosas do México onde tem larga expansão até 1.800-2.600 m de altitude, em particular nas montanhas do maciço central, onde forma boques puros. Em Portugal é exótica e muito cultivada, por vezes naturalizada.
O cedro-do-buçaco é uma árvore que pode atingir 30 m de altura, de tronco cilíndrico, muito direito, de casca acastanhada e longitudinalmente fendida. Diferencia-se pelas suas folhas aguçadas, com o ápice levantado, verdes ou glaucas, que dão um tacto áspero aos raminhos; as folhas são providas de uma glândula pequena e oval na parte mediana. Os ramos são divergentes, mais ou menos pendentes nas extremidades. O fruto (gálbula) possui 10 a 15 mm é globoso, glauco em novo e castanho-brilhante na maturação, com 6 a 8 escamas proeminentes mucradas. Cada escama com 8 a 10 sementes.
Esta espécie, denominada vulgarmente por cedro-do-buçaco, na realidade não é um cedro (Cedrus), mas sim um cipreste (Cupressus). Por outro lado o restritivo específico lusitânica, sugere que a sua origem seria Portugal, mas na realidade é originária da América Central (México, Guatemala e Costa Rica). Tal engano advém do facto do autor desta espécie (Philip Miller), em 1768, ter feito a sua classificação a partir de exemplares provenientes de Portugal, mais precisamente da Mata do Buçaco. Miller não conhecia o país de origem da espécie e supôs que teria vindo de Goa, erro que foi repetidamente cometido em diversas publicações anglo-saxónicas desde o século XVIII, de forma que ficou conhecida na língua inglesa por cedar-of-goa (Cedro-de-Goa).
Em Portugal, o cedro-do-buçaco encontra condições ecológicas excepcionais, como se poderá comprovar em inúmeros exemplares monumentais em alguns locais do país, destacando-se entre eles os da Mata do Buçaco e do Parque da Pena e Monserrate, entre outros.
A sua madeira é de boa qualidade, sendo apreciada em marcenaria, para produção de móveis. É pesada, dura, de grão fino, fácil de trabalhar, sendo o alburno de cor branca-amarelada e o cerne castanho avermelhado. É a espécie de Cupressus mais difundida no nosso país, formando sebes em jardins e cortinas de abrigo contra os ventos para defesa de culturas. É igualmente uma espécie que resiste bem a podas, proporcionando a criação de vários tipos de figuras e desenhos.