América do Norte, mais concretamente norte dos EUA (incluindo o Alasca) e Canadá.
Floresta tropical de folha caduca, húmidas e floresta boreal, por vezes em bosques pantanosos.
Árvore até 25 m de altura, monoica. Tronco direito, isolado, menos vezes dois ou mais. Casca dos exemplares jovens em tons avermelhados, escura e lisa, tornando-se com a maturidade, cinzenta ou branco pálido, destacando-se me camadas. Folhas ovadas, 11 x 8 cm, com 9 ou menos pares de nervuras laterais, base arredondada, cuneiformes ou truncadas e margem irregular e duplamente serradas, com o ápice agudo, acuminado. Infrutescência pendente, cilíndrica com 2,5 a 5 cm de comprimento. Inflorescência masculinas em forma de amentilhos, pendentes, visíveis durante todo o Inverno, amarelo-alaranjados. Flores femininas em amentilhos solitárias, pedunculados, curtos, com estigmas vermelhos, caducos na maturação. Infrutescência pendente, cilíndrica com 2,5 a 5 cm de comprimento com sâmaras providas de asas tão compridas ou um pouco mais que o corpo, estendendo-se ligeiramente na parte apical.
O género Betula compreende cerca de 40 espécies. São consideradas das espécies americanas mais setentrionais. A sua disseminação é ajudada pela enorme produção de sementes leves que o vento transporta. O nome científico do género Betula, é considerado por alguns autores, originário do nome celta, ‘Betu’, mas segundo outros, pode proceder do verbo ‘batuo’, que significa castigar, pois crê-se que os seus ramos eram usados pelos magistrados e mestres para açoitar os delinquentes e pessoas rebeldes. Em outros tempos, nas escolas, também teria sido usado para tal fim. Por isso alguns autores chamaram erroneamente à bétula “árvore-da-sabedoria”. A casca interna da bétula, fina e quase transparente, é utilizada no fabrico do pergaminho, que antigamente servia para escrever e tinha em latim o nome de librum. Este facto só era possível devido à suberina, um composto que a torna impermeável. Da bétula provém assim, a palavra livro e seus derivados.
A espécie Betula papyrifera é conhecida no seu local de origem como bétula-de-casca-de-papel-fino. A casca possui alto teor de óleo o que lhe permite ser impermeável à água e por conseguinte utilizada para vários fins, nomeadamente para construção e vestuário. A madeira é relativamente macia, esbranquiçada é muito apreciada, nomeadamente para pasta de papel.