De origem incerta, julgando-se que seja nativa da Europa e África, da Região Mediterrânica e Macaronésia (Canárias); subespontânea em Portugal e outras zonas de clima temperado.
Florestas de caducifólias de zonas secas e pedregosas, em solos calcários.
Árvore geralmente monóica, que pode atingir os 10 m de altura. Possui copa ampla, algo densa, casca cinzenta e gretada. As folhas são persistentes e alternas, compostas, paripinuladas com 1 a 5 pares de folíolos elípticos ou ovados, de limbo inteiro, coriáceo, lustroso na página superior, com estípulas triangulares, caducas. Flores pequenas, unissexuais, reunidas em amentilhos que surgem no caule ou nas axilas das folhas. Perianto constituído por 5 sépalas esverdeadas caducas. Sem corola (pétalas nulas), e geralmente com 5 estames (raramente 6 ou 8). Fruto é uma vagem polispérmica, com 10 a 20 x 1,5 a 2 cm, oblongo-linear, indeiscente, pendente, castanho-violáceo, com polpa açucarada entre as sementes. As vagens soltam-se quando maduras.
Não se sabe ao certo a distribuição original da alfarrobeira devido ao seu extenso cultivo desde os tempos antigos em todo o Mediterrâneo. Acredita-se que esta área compreendia o este da bacia mediterrânica e que as civilizações contribuíram para a sua extensão para o oeste. Atualmente podem ser registados exemplares silvestres em toda a região do Mediterrâneo. Nas últimas décadas, o seu cultivo tem conduzido ao aumento de variedades resultantes de seleções mais produtivas e melhor adaptadas às condições de cultivo. Atualmente são conhecidas algumas dezenas de cultivares que geralmente se caraterizam por possuir cascas espessas, mais polpa e maior teor de açúcar.
A alfarrobeira é uma planta caraterística do mediterrânico. Os seus frutos são comestíveis, ricos em açúcar, amido e proteínas, muito utilizados para produzir substitutos de chocolate. Outrora as sementes, duras e pardas, eram utilizadas como medida de peso.