Europa (Portugal).
A pereira é uma árvore de tamanho médio, até 20 m de altura, inerme ou espinhosa; renovos grossos, castanho-avermelhados. As folhas são caducas, com 5 a 8 por 3,5 a 5,5 cm, ovadas ou elípticas, mais ou menos cuspidadas, crenulado-serrilhadas a subinteiras, com pecíolo igual ou menor ao limbo, tomentosas na rebentação. As flores estão dispostas em fascículos (corimbos umbeliformes) na terminação dos ramos. As sépalas são lanceolado-acuminadas; as pétalas obovadas, branco-rosadas. O fruto é um pomo (pera), apresentando forma muito variada: piriforme, globosa, etc., estando coroado pelo cálice persistente; a sua polpa tem sabor doce e agradável.
Rocha é a variedade regional mais conhecida em Portugal. Esta é originária de Sintra, foi descoberta em 1836 e ficou conhecida com pera-rocha-do-oeste. Atualmente a sua produção é uma denominação de origem protegida. No Brasil é conhecida como pera-portuguesa.
O fruto é perfeitamente digerível quando maduro. Para estômagos susceptíveis é, no entanto, preferível cozê-lo. A pera é rica em açúcares e bastante pobre em vitaminas, mas importante devido aos ácidos orgânicos, aos minerais e à pectina. Um pouco adstringente devido ao tanino, é no entanto o sabor refrescante a mais apreciável das suas qualidades.
Com o sumo de pera prepara-se, em alguns locais, por fermentação, uma espécie de sidra. A madeira de pereira é mais sólida do que as pereiras-silvestres, possui uma cor rosada ou avermelhada, de textura fina e uniforme, dando bons acabamentos, sendo utilizada sobretudo, no fabrico de objectos de torno e para gravar ou esculpir.