Europa, oeste da Ásia e norte de África.
Bosques mistos em zonas montanhosas, junto a vales profundos e encostas íngremes, geralmente próximas de linhas de água.
Árvore ou arbusto de folhagem verde-escuro, persistente, de copa piramidal ou alargada até 20 m de altura. As raízes associam-se a certos fungos, formando micorrizas endotróficas. Possuem o tronco grosso, com casca castanha-avermelhada escura que se desprende em tiras ou placas. Produzem grande número de ramos estendidos e quase horizontais, que por vezes são algo pendentes na extremidade. As folhas são lineares, verde-escuras, glabras, curtamente pecioladas, alternas, dispostas num plano (dísticas), por torção do pecíolo, com a nervura média algo saliente na face inferior e que termina num pequeno mucrão. Espécie dióica, exemplares masculinos produzem os cones na axila das folhas, amarelos, formados por 6 a 14 escamas polínicas que se elevam num pé, de contorno poligonal; estão protegidos inferiormente por um invólucro de brácteas alaranjadas. Nos teixos femininos as inflorescências são solitárias e nascem na axila das folhas, têm forma ovóide e estão rodeadas na base por uma bráctea verde, fazendo lembrar uma pequena bolota. Esta bráctea desenvolve-se na maturação para formar um invólucro carnudo vermelho que rodeia quase completamente a semente (arilo), vermelha quando madura, vistosa e de sabor adocicado. Frutos de maturação anual.
O teixo é uma espécie que vive em clima temperado frio, existindo em Portugal, no seu estado natural, apenas nas zonas montanhosos, em pequenos grupos ou árvores isoladas, em terrenos frescos e profundos. Muito utilizada em parques e jardins, é muito rara nos antigos locais onde era espontânea, encontrando-se em extinção, devido às devastações indiscriminadas efectuadas desde há séculos pelo homem. Pelo contrário, antigamente era uma espécie algo difundida como comprovam os vários topónimos: Teixo, Teixoso, Teixeira. É uma espécie sem dúvida a proteger e a fomentar, a fim de preservar uma relíquia de grande valor botânico e cultural.
Como espécie ornamental é muito utilizada em parques e jardins, assim como os seus inúmeros cultivares que se distinguem essencialmente pela organização e coloração das folhas e porte, não só pela beleza das suas folhas, frutos e copa, mas também por rebentar bem de toiça e permitir através de podas, criar formas e desenhos muito variados.
No Parque de Serralves podemos encontrar a cultivar ‘Fastigiata’, com as folhas dispostas em espiral ao longo dos ramos e a cultivar ‘Repens’, de porte rasteiro.
É uma espécie de crescimento lento, de madeira considerada de muito boa qualidade e sem canais resiníferos, de cerne escuro, pesada, dando bom polimento, muito apreciada em marcenaria, sendo antigamente muito utilizada para fabricar arcos para flechas. Toda a planta é muito tóxica excepto o arilo carnudo que servem de alimento às aves que disseminam (pombo torcaz). Recentemente do teixo extrai-se o taxol, substância actualmente utilizada no tratamento de vários tipos de cancro.