Europa e África, mais concretamente na região Mediterrânica, Madeira, Canárias e África central e oriental.
Matagais e orlas florestais, de climas temperados ou mediterrânicos, preferencialmente em solos siliciosos, junto das linhas de água, desde o nível do mar até aos 2000 m.
Arbusto alto, perenifólio, excedendo frequentemente os 2 m de altura, normalmente muito ramificado a partir da base. Ramos mais jovens cobertos com pelos ramificados ou denticulados. Folhas simples, revolutas, de forma linear agrupadas em verticilos com 3-4 ereto-patentes, glabras ou por vezes pubescentes. Flores solitárias ou dispostas em pequenas umbelas agrupadas em grande número na extremidade dos ramos. As flores são hermafroditas, pediceladas. Corola simpétala branca, campanulada, de 2-4 mm de comprimento, constituída por 4 ou 5 lóbulos eretos. Cálice com sépalas ovadas, soldadas na base. Flores com 8 estames inclusos ou igualando a corola, e anteras com apêndices basais denticulados. O gineceu apresenta um estilete excerto e estigma branco. O fruto é uma cápsula obovoide ou globosa, com cerca de 2 mm, que se abre por 4 valvas. Sementes pequenas elipsoides.
É uma das espécies mais representada na Laurissilva da Madeira. Localmente a sua presença é de elevada importância na sustentação dos recursos hídricos da ilha devido ao seu papel na captura da água dos nevoeiros, fenómeno também conhecido como precipitação oculta.
Arbusto cada vez mais apreciado como planta ornamental. A sua madeira de grande densidade e dureza, especialmente a das toiças, foi durante muito tempo usada como fonte de combustível (carvão vegetal) e pelas mesmas razões é usada no fabrico de cachimbos de grande qualidade. As suas flores secas são utilizadas na medicina popular para fazer infusões, com propriedades anti-inflamatórias, diuréticas e sedativas.