A mimosa é um arbusto elevado, ou árvore de 6 a 15 m de altura, sempre-verde, inerme (sem espinhos), de copa cónica ou arredondada. O tronco é mais ou menos direito, com ramificação aberta. A casca é vermelho-escura a cinzenta, dura e fica gretada na base dos troncos velhos, mas é lisa e de cor mais claro nos troncos de exemplares mais jovens. As folhas são compostas, bipinuladas, com 6 a 10 cm de comprimento, com 10 a 25 pares de divisões primárias, com numerosos folíolos pequenos, lineares, arredondados no ápice, glaucos e revestidos por pêlos esbranquiçados (mais evidente nos ramos novos). As folhas possuem glândulas entre a inserção dos segmentos (excepto no par basal). A inflorescência está em glomérulos globosos com 30 a 40 flores pequenas, amarelas, levemente cheirosas. O cálice e corola possuem peças soldadas em tubo, de onde saem numerosos estames com filamentos livres e unidos só na base. O fruto é uma vagem seca e achatada, com duas valvas, lisa de cor acinzentada, ligeiramente curvada, deiscente, com sementes elipsoides, comprimidas.

A mimosa foi introduzida em Portugal, em meados do séc. XIX, devido à floração abundante no fim do Inverno (fevereiro a março), cobrindo-se de flores amarelas. Por esse facto, já em muitas regiões se comemora o dia da mimosa (caso da cidade de Viana do Castelo). Este hábito está atualmente desuso devido a capacidade de invasão desta espécie. A designação de mimosa, também se generalizou a todas as outras acácias australianas de folhas compostas e flores amarelas.

A espécie Acacia delbata está muito difundida por todo o país, encontrando-se frequentemente na arborização de estradas, em jardins, naturalizada nas margens dos cursos de água e bordos dos caminhos. Esta é uma espécie de crescimento rápido que está dada como invasora no Dec.-Lei 565/99. Efetivamente propaga-se facilmente por raiz e por sementes, não só devido à frutificação abundante, mas também por esta ter um tegumento muito espesso, podendo ficar muitos anos na terra sem germinar. Por outro lado são espécies pirófilas, que se propagam facilmente com os incêndios, pois o fogo estimula a germinação da semente, criando-se assim extensas manchas de povoamentos de densidade quase impenetrável. Além disso, não possuem pragas nem inimigos naturais na Europa.