BIODIVERSIDADE NA WEB / SERRALVES

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Nome Científico
Alnus glutinosa (L.) Gaertn.
Nome comum
amieiro, amieiro-vulgar
Tipo de origem
Origem

Grande parte da Europa, Ásia e noroeste de África. Comum em toda a Península Ibérica, exceto nas províncias mais secas.

Habitat

Margens de rios, fundos de vale, áreas alagadas e encostas húmidas.

Flor
Fruto
Folha
Porte
Tronco
Autor
(L.) Gaertn.

Descrição

O amieiro é uma árvore caducifólia, monóica, que pode chegar aos 35 m de altura. Possui tronco ereto com casca gretada, de cor acinzentada. Sistema radicular pouco desenvolvido, com nódulos cinzento-amarelados, onde se alojam bactérias (Actinomyces alni) capazes de fixar o azoto atmosférico. Copa quase piramidal quando nova, e mais tarde arredondada e irregular, com ramos abertos. Folhas com 4 a 10 cm de comprimento, com pecíolo bem desenvolvido, alternas, mais claras na página inferior, arredondadas, elípticas ou obovadas, dentadas, chanfradas no vértice. As folhas novas são muito viscosas. Inflorescências dispostas em amentos (ou amentilhos). Flores masculinas dispostas em amentilhos cilíndricos, pedunculados, de 6 a 8 cm, pendentes, caducos, com brácteas macias. As flores femininas são nuas, estão dispostas em amentilhos ovóides, em forma de pinha, de 1 a 2 cm, com 2 flores em cada bráctea. Os amentilhos femininos agrupam-se em rácimos de 3 a 6 e produzem, quando maduros, uma frutificação lenhosa – estróbiloovoide, de cor cinzento-escura, que mede de 10 a 30 mm de longitude, com aspecto de uma pequena pinha; escamas lenhosas, persistentes, cada uma com 2 sementes comprimidas e aladas, entreabertas na maturação para disseminação.

Forma de Vida
Tipo de Reprodução
Perenidade
caducifólia
Ínicio de Floração
Fevereiro
Fim de Floração
Abril
Inflorescência
Cor da Flor
verde
Tipo de Folha
Inserção de Folha
alterna
Margem da Folha
dentada
Limbo da Folha
Tipo de Fruto
Consistência do Fruto
seco
Maturação do Fruto
Outubro
Observações

No nosso país, encontra-se largamente disseminada, desde Trás-os-Montes ao Algarve, sendo uma espécie ripícola, que vegeta ao longo dos cursos de água e lugares húmidos sendo muito resistente a prolongadas inundações. O nome científico do amieiro parece derivar do céltico al: cerca e lan: ribeira, significado alusivo à ecologia desta árvore (árvore ripícola). Os amieiros formam simbioses com certas bactérias, através das nodosidades das raízes, possibilitando à árvore a fixação directa de azoto atmosférico. Preferem zonas ribeirinhas, florestas húmidas, solos inundados, profundos, normalmente pobres em calcário, ricos em nutrientes e húmus. É uma espécie geralmente muito rústica e resistente aos insectos e aos fungos, mas sensível à poluição do ar.

Aplicações

Árvore com um cheiro agradável e sabor acre. Poderoso adstringente, e vulnerário. As folhas de amieiro são vulgarmente utilizadas por montanhistas, espalmadas dentro das meias, com a face superior em contacto com a palma dos pés, para aliviar o cansaço e evitar escoriações. É uma espécie com grande interesse não só para fixação das margens dos rios, como também pela sua madeira com inúmeras aplicações, por ser muito homogénea, fácil de trabalhar e dar um bom polimento. Antigamente, a madeira era utilizada para fazer tamancos, e presentemente utensílios domésticos, assim como objectos de adorno.

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